segunda-feira, 25 de junho de 2012

as estranhezas da emancipação

A saga mudou de ares, layout, de bairro e até de cidade. Foi tanta mudança no meio do mundo que a cabeça, de tanto girar, não estava conseguindo sistematizar as bobagens cotidianas dessa pós modernidade. Em apenas 06 meses, essa saga quem vos sopra os tímpanos solteireiscos, saiu de Casa Forte e emancipada toda,  foi morar no Engenho do Meio, bairros tradicionais da capital pernambucana, que de semelhante só tem o fato de ambos se encontrarem no Recife.

Durante 2 meses esta saga conviveu com mais 4 solteiras, sim, 3 moçoilas e 1 moça de 4 patas, a mais lady de todas, vale salientar, nossa querida mascote Vitória. Foi emancipação pra mais de metro dona Maria! Nas famosas TPM's até a pitbullzinha que metia medo em um mói e um bocado de marmanjo, entrava em crise existencial. Pense. Foram 2 deliciosos meses.

Mas mudança é que nem ribanceira, quando inventar de cair, pronto, cabousse! E estava lá a redatora feliz da vida com tanta emancipação, até que uma ligação mudou foi todo o cenário, de novo, só que dessa vez com direito a ponte aérea e tudo. Da Veneza Brasileira para o Cerrado. Óia, quanta modernidade?! Pois bem, veio parar na capital, com direito a trilha sonora de causar inveja à Renato Russo, "nesse país lugar melhor não há" o quê seu moço? Pernambucana que se preze não se corrompe fácil não. E bote bairrismo ai. A saga simplesmente aceitou o desafio. Quem mandou ser da geração Y? Dizem os estudiosos e sabidos no assunto que a geração Y, é a geração mais inquieta que há. Tome Srta. Pós Moderna. 

Os olhos curiosos observaram durante um mês inteirinho 'a dor e a delicia' da mudança.E nem venha com esse blábláblá de choque cultural, afinal é tudo Brasil. O cotidiano mudou, isso sim. Foi aprender na tóra como se fura uma parede, como se faz um macarrão, como se conserta uma cortina de banheiro e todas essas tarefas domésticas correlatas. O fato é que alguns furos na parede ficaram tortos, uns pregos caíram, a cortina está tronxa e às vezes o macarrão queima. São as trapalhadas de uma mulher solteira morando com outra amiga solteira. O segredo é rir de si mesma. E brindar no final do dia.

Em Brasília o clima seco e inconstante, a festa junina não tem fogueira queimando em homenagem à São João. Forró, rala bucho, nheco nheco? Nada disso se viu por aqui. O forró deu lugar ao Sertanejo, típico goianense, afinal de contas, antes de ser o Distrito Federal de JK, Niemeyer e tantos candangos, aqui era Goiás, é justo que pelo menos a escolha do estilo musical junino seja deles, por mais que não seja a escolha perfeita para o São João da pernambucana quem vos fala.

E tome estranhamento viu? A pós moderna aqui de tão empolgada com o show do baiano Morais Moreira, um alento aos desejos nordestinos em plena noite de São João, achou de entrar de penetra numa ciranda brasiliense, pânico geral no Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios, na Feira da Torre, no CCBB. A tentativa de integração causou estranheza nos cirandeiros de plantão. Uma amiga explicou depois do mico pago e quitado, "aqui em Brasília as pessoas estranham tanta facilidade com a interação". Vixe Maria. "Apôis se é assim, vou continuar causando estranheza."  Aviê menino, atenção pra grande roda. Cavalheiros cumprimentem as Damas, que a saga vai passar sob o bonito céu de Brasília.


Será seu Luis?